O CAMINHO ESPIRITUAL
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O caminho espiritual
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Quando formos capazes de aceitar
nossos semelhantes como são,
belos e imperfeitos,
com suas faltas,
fracassos e vitórias,
nos identificando
com eles, então poderemos dizer
que trilhamos o
caminho espiritual.
Até lá fingiremos que
nos elevamos,
mas na prática seremos mais
um de uma longa
dinastia de egoístas
que pretendem ser mais do
que os semelhantes.
Cada ser humano deve reconhecer
sua própria vileza antes de
erguer o dedo e acusar seus
semelhantes, pois nesse
reconhecimento reside a
semente do amor
e quando essa
começa a germinar,
a mente
faz tantas conexões e
reconhecimentos
que não lhe resta
mais tempo para discursar
sermões acusadores,
se dedica o tempo inteiro
a superar as falhas em si mesma,
conhecendo que esse seria
o melhor serviço que
poderia prestar
para construir um mundo
verdadeiramente melhor.
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Melhor aquietar-se logo porque isso poupará você de descobrir que não estava com essa bola toda no meio de uma discussão, e com sua alma totalmente comprometida em situações que exigiriam exposição e desgaste.
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Talvez você ache injusto ter de recomeçar tudo, porém, se as coisas aconteceram assim, melhor será aceitá-las e dar início a esse recomeço com a alma cheia de alegria por ter a oportunidade de fazer tudo de novo.
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Reconhecer as vilezas dos outros é fácil, difícil é se enxergar no espelho da alma com sinceridade e também reconhecer as atitudes e posturas de duvidosa reputação que são legitimadas por argumentos pífios.
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Talvez a sua alma esteja coberta de razão ao tentar impor que as coisas sejam feitas do jeito imaginado, mas acontece que o mundo é cheio de pessoas que também são almas cobertas de razões no mesmo sentido.
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O encontro mais difícil será sempre o do momento de enxergar a própria alma com sinceridade absoluta. Nesse momento você terá a oportunidade de avaliar com maior justiça todos os seus relacionamentos.
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Pensamentos insidiosos aparecem do nada, mas tomam conta da mente e se transformam em obsessões. Como exorcizá-los? Não é fácil, mas pelo menos cuide para não alimentá-los ainda mais com atitudes irritadas.
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Melhore as condições dos lugares onde você passa a maior parte do tempo, porque neles você precisa garantir que, quando precisar, encontrará paz, sossego e circunstâncias suficientes para promover a alegria.
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Faça valer seu direito e demande satisfação e prazer, porém, considere que se isso requerer a participação de outras pessoas, você terá de manobrar com equilíbrio, já que as pessoas não são objetos ou ingredientes.
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Uma boa pergunta traz consigo a resposta perfeita. Por isso, o que você quiser saber de outrem precisa ser formulado na melhor pergunta possível, pois assim a pessoa em questão não terá outra saída a não ser responder.
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Um pouco de adrenalina aumentará o divertimento; mais emoção, mais tensão, no bom sentido, mais de tudo, mais de mais. Hoje, definitivamente, não seria um dia propício a fazer o mesmo de todos os dias.
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Amplie o panorama de sua mente absorvendo opiniões diferentes das suas, você não precisa concordar, você não precisa discordar, você apenas precisa absorver essas diferenças para compor um panorama mais realista.
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Sim, é possível avan-çar de forma objetiva na direção de suas pretensões, mas provavelmente não haja clima para isso nas pessoas próximas, o que levaria você a considerar um eventual e estratégico afastamento.
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Isso me parece uma verdade bem completa. É incrível como, no íntimo, costumamos tratar nossos semelhantes como inimigos, ou então com um desprezo que não avalia de fato o drama e a dimensão daquela existência.
Ninguém pode de fato se considerar melhor, apenas diferenciado, crescido em alguns pontos, engatinhante em outros. Já conheci prostitutas, marginais e viciados que, apesar das mazelas próprias à suas duras vidas, possuíam em si mesmos características que invejei, por serem mais corajosas, completas e maduras em muitos aspectos.
De perto ninguém é mesmo muito normal. A normalidade é só o nome que damos ao desconhecimento de si mesmo.
Mas quem, por um motivo ou outro, procura um caminho de auto-aperfeiçoamento, deve saber disso: comece pelos seus defeitos e perceba se eles não são apenas a distorção de suas próprias qualidades. Este é um mundo de provas e sofrimentos, não é um mundo de diversão, embora ela também exista. E o sofrimento, distorce.
Quando a gente fala qualquer coisa sobre o dito caminho “espiritual”, na verdade estamos realmente falando do caminho para se ter os pés no chão, o caminho da realidade.
Espiritualidade não é estar fora do mundo, é justamente o contrário. E a gente se toca disso quando percebe que vivemos num mundo de mentiras introjetadas. O mundo não é falso, nossa apreciação é que é falsa, pois foi induzida a isso.
Ninguém chega a realidade, se vive condicionado em aspectos diminuidores da mesma. Ocorre que todos nós somos mais ou menos quase que completamente condicionados, desde a infância, e não é tão fácil sair desta caixa, como parece. Achamos que somos isso ou aquilo, quando isso ou aquilo é só uma fração amputada do que poderíamos ser.
Vivemos num mundo capitalista, cujo objetivo real é só um: maximizar lucros. Somos instrumentos passivos dos ideais que advém deste objetivo.
Vou citar uma passagem do documentário “A Corporação”:
“A meta das corporações é maximizar o lucro e a inserção no mercado. Elas têm um objetivo para a sua meta: A população. Esta precisa ser transformada em consumidores inconscientes de produtos que não desejam. É preciso DESENVOLVER DESEJOS, impor uma FIOLOSOFIA DA FUTILIDADE, voltando a atenção das pessoas para aspectos fúteis da vida, como consumo de modismos. Estou citando literatura de negócios, e faz sentido. O ideal é ter indivíduos desassociados entre si, cuja concepção de si mesmos, o senso de valor, é a quantidade de desejos que conseguem satisfazer. Todos os grandes setores da economia desenvolvem instrumentos, como relações públicas e propaganda, que se destinam a encaixar as pessoas no padrão desejado. Propagandas não fazem promoção de produtos, mas de estilos de vida, uma história de quem somos como pessoas, de como chegamos até aqui e de qual é a “fonte” de nossa “liberdade”.”
Creio que tudo tem uma tese, uma antítese e uma síntese. Então, pra finalizar, vou transcrever um texto do BLOG Pistas do Caminho, que também dá uma boa pista para quem quer trilhar o caminho da Realidade:
Para dissolver a fonte do sofrimento, o ego, basta assumir a responsabilidade integral por tudo o que ocorre em sua vida. Este ato verdadeiramente egóico (heróico) levará ao colapso de si mesmo. Promoverá uma inversão completa de valores e impedirá você de racionalizar, justificar, escapar, vitimizar-se e reclamar da vida como se ela não pertencesse a você e sim aos outros. Isto até é uma verdade relativa justamente quando você não assume a responsabilidade pela própria vida.
Saudades deste velho amigo! Muito calor no Acre?!