COISAS BOAS
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Coisas boas
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É insuficiente desejar
ardentemente que coisas boas
aconteçam, há de se
tomar a atitude de
fazer coisas boas, belas,
verdadeiras e vibrantes
a maior parte do tempo.
A consciência de nossa
humanidade ficou aprisionada
no equivocado conceito
de a vida ser o que
acontece a ela; essa é apenas
uma parte da verdade,
e não a mais importante.
Enquanto isso,
se nossa humanidade
assumisse seu lugar e
tomasse as rédeas do destino
em suas mãos,
abandonaria imediatamente
o lugar da espera
por situações boas que o
misterioso destino arquitetaria,
e dessa forma superaria o
vício de ficar esperando pela sorte.
Nesse momento ela se
ergueria sobre seus próprios pés
e começaria a fazer no mundo
tudo que desejaria
que lhe acontecesse.
Aí, sim, o mundo ia começar
a se parecer com o
sonho imaginado.
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Pense grande, pense ainda maior do que você teria imaginado, porém, afirme os pés no chão, pois não é somente de pensamentos que se constrói o destino. É tecendo pensamentos com atitudes concretas que se faz o caminho.
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Respostas afáveis e sorrisos atraentes não são necessariamente sinais de que tudo corre muito bem. Às vezes as pessoas agem assim por hipocrisia ou como mera tentativa de sedução. Tudo é agradável, mas requer cuidado.
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Os bons sentimentos precisam ser reforça-dos e sustentados ao longo do tempo com a mesma intensidade com que você sabe que os péssimos sentimentos se prolongam. Isso, porém, não aconteceria sem empenho.
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Nem tudo é agrura ou dificuldade, sempre haverá momentos, como o de agora, em que a alma se surpreenderá por tudo ser tão fácil e fluído. Bem, talvez a facilidade seja otimista demais, mas a fluência é real.
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As pessoas podem não agir de acordo com a sua expectativa, mas se você não as fustigar excessivamente e permitir que se expressem de acordo com o tempo delas, perceberá que tudo continuará indo muito bem.
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Agora só falta promover os bons sentimentos para que se transformem em boas atitudes e, assim, mediante a sincronia de ideia e ação, as pessoas próximas consigam perceber o tamanho da mudança que se opera em você.
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Independentemente de quão duras sejam as circunstâncias e, talvez, justamente tendo em vista essa realidade, tome a direção contrária e demonstre afeto, alegria e bem-estar. Irradie uma influência maior que a das circunstâncias.
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No meio das discórdias surgem algumas luzes bonitas e aromas atraentes, brindando com paz inusitada. Mas não imagine que essa paz seja o remédio para tudo, é apenas uma ilha de agrado no meio da turbulência.
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Pensar demais resultaria em paralisia, mas pensar pouco resultaria em atitudes impensadas. Nem tanto para lá, nem tanto para cá, você precisa encontrar um equilíbrio que resulte em atitudes sábias.
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Deleitar-se com alguns prazeres não deveria ser um luxo, mas uma atividade cotidiana que equilibrasse o contato com as agruras e dificuldades. Procure organizar melhor o ritmo cotidiano para que isso seja assim.
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Faça às outras pessoas as coisas boas que você gostaria que fizessem com você. Aja assim, porém, com a alma desapegada dos resultados, porque não poderia haver garantia de reciprocidade nesse caminho.
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Pequenos acertos serão suficientes por enquanto, pois o grande panorama ainda se mostra turbulento demais para você tentar dominá-lo. Esses pequenos acertos se converterão em avanços firmes que aproximarão do objetivo.
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Na verdade, muitas vezes não enxergamos essa real possibilidade de ser ativo e criativo, tomando o destino em nossas próprias mãos, porque estamos entupidos de falsas demandas que foram incorporadas como forma de minimizar as carências provenientes do fato de não estarmos fazendo o que realmente viemos fazer.
Em resumo é assim: a gente não se enxerga o suficiente nem para saber quem somos e o que viemos fazer, então nos acostumamos a viver de subterfúgios – que é aquilo que a sociedade mais nos oferece – aumentando com nossa honesta participação a massa de infelizes e neuróticos.
Quando, após inúmeras pauladas, a gente começa a entender qual o nosso papel e reais necessidades, aí começa a segunda fase, que é reestruturar a vida de acordo com o que realmente nos vale a pena, descartando outras vias que, agora sabemos, não levam a lugar algum mesmo.
O ano de 2012 pra mim foi isso, andei por tantos descaminhos que fui obrigado a encará-los como o que são: nada a acrescentar.